sábado, 22 de abril de 2017

7 Dicas para preparar 3 semanas na Tailândia com uma pré-adolescente

22 de Abril de 2017

  É a primeira vez que vamos fazer uma viagem longa com a Inês!
  Embora tenha 12 anos e seja aventureira, é mais complicado para ela adaptar-se e tolerar todas a divergências que se avizinham, do que para nós, quanto mais não seja, porque é tudo desconhecido. Por isso já fomos pensando em algumas coisas que poderão ajudá-la a preparar-se para uma das melhores experiências que vai ter (espero eu).
  Com a vantagem de já termos viajado para a Ásia (os dois) e embora agora o destino seja outro país, há alguns fatores importantes e fáceis de serem abordados.
  Lembrei-me de 7. Vamos lá!

1 - Dedicar algum tempo a conversar sobre a viagem

  Como o entusiasmo é geral, as conversas sobre o nosso próximo destino são constantes, principalmente às refeições ou à noite, que é quando passamos mais tempo em família.
  A Inês é bastante curiosa e isso facilita-nos a vida. Pergunta onde vamos, o que vamos ver, e pede para ver fotografias. Claro que a realidade é diferente do que se encontra pela internet, mas é uma mais valia poder ter um contacto prévio com o que a espera, ainda que virtualmente.

2 - Comprar o que faz falta e marcar "lembretes"

  Tentamos planear as viagens o melhor que sabemos, para evitar o que acaba quase sempre por acontecer: "Oh não, esqueci-me disto e daquilo!", e quando isso se verifica, fazemos tudo para contornar a situação. No entanto, como desta vez será diferente, fizemos uma "lista" de algumas coisas que não podem faltar e outras que precisamos de comprar:

   - Fazer passaporte
   - Marcar consulta médica
   - Comprar medicamentos (SOS)
   - Comprar uma mochila (mais pequena)
   - Levar protetor e repelente

Até lá ainda posso acrescentar alguns!

3 - Preparar para o Jet Lag e duração da viagem

  12 horas num avião? - Pergunta ela.
  Se a alguns adultos faz confusão, é legítimo que a uma pré-adolescente faça ainda mais, mas com a vantagem da curiosidade e excitação que ela demonstra e que é natural da idade.
  Falamos sobre as comidas diferentes que servem no avião, sobre termos jogos e filmes à disposição, e ainda cobertores e almofadas! Explicamos que temos escalas que nos permitem conhecer outros países e que além disso é importante circular no avião (andar a pé) e porquê! 
  A Inês acha engraçado irmos para um sítio onde a diferença horária é de 8 horas. Recordo-me de, quando fui a Bali, conversar com ela pelo messenger. Achou estranho mas engraçado, serem 21h em Portugal e 5horas da manhã na Indonésia.
  Andar tanto tempo e tantas vezes de avião pode ser divertido, mas tenho a certeza que não vamos conseguir evitar a pergunta "Quanto tempo falta?"!

4 - Decidir a estadia

  Os planos não são diferentes dos que fizemos quando fomos sozinhos.
  Como pretendemos conhecer o máximo que conseguirmos, planeámos entre 2 a 3 noites em cada sítio, tendo sempre em atenção a necessidade casa de banho privada e quartos com camas só para nós.
  O hostel é a melhor opção para o tipo de viagem que queremos, mas beliches e muitas camas num quarto com casa de banho partilhada, na Tailândia e com a Inês, não obrigada!

5 - Relembrar as experiências diárias

  Durante a estadia é fundamental conversarmos sobre as experiências que vamos tendo e como costumo fazer um "diário de bordo", desta vez a intenção é que a Inês participe nos registos fazendo com que recorde o melhor e o pior. Quem sabe um dia mais tarde não faça ela os seus registos pessoais, de viagem ou de qualquer outra coisa?
  Ao registar os acontecimentos e experiências significativas estamos a ajudar a fortalecer a memória e a fomentar o gosto por coisas novas e ricas em cultura.

6 - Ter tempo para refeições e pequenos lanches

  Nós desenrascamo-nos  com qualquer coisa, mas desta vez vamos ter cuidado redobrado. 
  Por isso, convém andarmos sempre com alguma coisa para petiscar que nos dê energia e combata as consequências do calor, além de ser a resposta imediata para o "tenho fome", como acontece aqui em casa muitas vezes.
  Embora os hábitos sejam diferentes, tal como a comida e a sua confeção, vamos tentar fazer as refeições que consideramos necessárias, incluindo a comida de rua e tudo a que temos direito!

7 - Dormir bem e beber muita água

  Pelos menos nos primeiros dias e com os sonos trocados, devemos tentar descansar, e dormir bem é o primeiro passo para que a energias sejam repostas do cansaço acumulado.
  A Inês por si só, já diz que está cansada com alguma facilidade, por isso será sem dúvida um desafio!
   As condições meteorológicas vão obrigar-nos a dormir menos, ainda assim é importante beber água (engarrafada) e mantê-la por perto tanto durante o dia como quando descansamos.



  A acrescentar a tudo isto, há o amor, a paciência e a boa disposição, imprescindíveis com ou sem pré-adolescentes.
  E estou certa de que será uma experiência única, ajudar a Inês a colorir o mapa!


Por aí com amor e contigo...e com uma pré-adolescente!

Teresa Martins

segunda-feira, 3 de abril de 2017

A melhor viagem aos olhos da mais pequena!

03 de Abril de 2017

   Pedi à Inês que escrevesse sobre a viagem que mais gostou de fazer!
   E assim descobri, que embora a adolescência seja a idade de paixões, anseios, constrangimentos pessoais e preconceitos sociais, a escrita consegue trazer à tona as melhores e mais simples lembranças e emoções, independentemente da idade de cada um!
   Por isso partilho este delicioso texto de memórias, sensações e partilhas, escrito hoje, que me enche de alegria e me dá força e alento para que nunca duvide do caminho a seguir...

  "As viagens do meu Verão

  No Verão do ano passado e alguns meses deste novo ano de 2017, eu fiz quatro viagens.
  A primeira à Serra da Estrela, a segunda foi a Madrid, a terceira foi uma "Road Trip" e a quarta foi a São João da Madeira. Mas a minha favorita foi a "raod trip", que significa viagem na estrada, onde eu, a minha mãe e o João fizemos toda a Costa Alentejana e parte do Algarve, numa carrinha...
  Para mim, essa viagem foi a mais divertida e fascinante viagem das quatro. Porquê? Porque nós visitámos mais de dez praias diferentes, seguindo pela costa de Portugal. Não só fomos a várias praias como também visitámos muitos sítios bonitos e todos diferentes uns dos outros!
  A maioria das praias tinham a água gelada, por isso a minha mãe nunca ía à água  brincar comigo e com o João.
  Mas houve uma praia onde a água estava para aí a uns 25 graus! Nenhum de nós queria sair. A água estava tão boa que pareciam termas!
  No meio de tantas praias não sei qual gostei mais, mas lembro-me de uma em que me diverti bastante...
  Nessa praia, eu e o João levamos as nossas pranchas. O João levava uma se Surf e eu uma de Bodyboard.
  O João sempre me dizia para experimentar fazer Bodyboard nas ondas mais fundas com ele, mas eu tinha medo de me magoar. Até que ele me convenceu e então lá fui! Entrei no mar e fui ao encontro de ondas gigantes. Deixei-me ir e adorei tanto que fiquei naquilo a tarde toda!
  Passamos por muitos mais sítios. Um deles foi a Ericeira onde parámos a carrinha na esquina de uma casa, montámos a nossa tenda e lá ficámos.
  Enquanto a minha mãe fazia o jantar, o João teve a ideia de um nome para aquele estabelecimento, até que surgiu a Barraca da Mãe Teresa. Gostei tanto do nome. A minha mãe teve um ataque de riso e não demorou muito para nós os três começarmos às gargalhadas.
  Foram realmente muito bons momentos, que acho que vão ficar na memória!
  Perto da Ericeira fica Mafra, onde fomos visitar uns tios meus e da minha mãe. A casa era enorme, tinha piscina, dois andares e um cão chamado Tofu.
  Gostei bastante de ir lá visitar os meus tios, eles mostraram-me a casa e deixaram-me tocar no Tofu . Também fizemos um lanche e ficámos lá  resto do dia.
  Continuando a nossa Road Trip, parámos numa praia onde me ri muito...
  Depois de um longo dia de praia, onde a minha mãe não tinha ido à água (outra vez), o João decidiu fazer uma brincadeirinha com ela! Pegou nela ao colo e atirou-a para dentro de água. Eu ri-me tanto que até chorei. A minha mãe não gostou muito, mas mesmo assim se riu. Foi a parte mais engraçada do dia!
  Também fomos a Sagres, onde encontrámos uma amiga da minha mãe. Fomos a um café da família dela e tomámos banho na casa de uns familiares dessa nossa amiga.
  No dia seguinte continuámos a viagem.
  Por mais que nós estivéssemos a gostar, já estava a acabar. Mas o que interessa é passarmos bons momentos todos juntos e que nos divirtamos ao longo de aventuras que possam vir a acontecer...
  Nesta viagem diverti-me muito e espero visitar muitos outros sítios maravilhosos e passar bons momentos com a minha pequena família
  O que importa é a diversão, o amor e o afeto que as pessoas têm umas pelas outras. Nunca podemos pensar negativo, porque pensar assim pode estragar a viagem, a aventura ou outra coisa qualquer, porque o que faz mais sentido, numa viagem em família, é a diversão e tudo o que vão passar juntos...
  
  E não se preocupem... já temos a próxima viagem marcada... <3 .

  Inês Martins Araújo "



  Por aí, com amor e contigo... cheia de orgulho!

  Teresa Martins