quarta-feira, 18 de maio de 2016

Covilhã, Serra da Estrela, Piódão e Azinheira

24.03.2016 a 28.03.2016


   Com as férias de Páscoa à porta, decidimos organizar uma viagem "em condições". Quando fomos à Serra da Estrela em Fevereiro, na tentativa de usufruir da neve, não correu tão bem como esperávamos. Porque não ir outra vez?
   Ao fim de três meses com muitos jantares, muito trabalho, muitas gargalhadas, muita conversa, dois concertos ( The Black Mamba e Seu Jorge), um Carnaval, um aniversário  (os meus 31), e felizmente muita partilha e compreensão, estava na altura de fazer a mala para mais de dois dias! Na verdade foi uma mala para cinco dias (embora parecesse para quinze). Não podia faltar nada. Desta vez além da comida e de todo o equipamento da neve, que incluiu tudo a que tínhamos direito, não fomos só nós os dois, fomos três!
   Adoro a forma como planeias tudo para que não falte nada e tudo corra pelo melhor, e desta  vez não foi exceção.
   Chegámos à Covilhã já quase de noite. Descarregámos as malas para quinze dias e fomos descansar. A casa emprestada e pequenina onde ficámos era bastante acolhedora, fazendo com que estivéssemos sempre juntos, os três, a comer, a dormir ou a conversar. Acho que te aproximou ainda mais de nós de uma forma tão positiva que se torna difícil de explicar!
   No outro dia de manhã, antes de subirmos à Serra, demos uma volta pela Covilhã. Estava um dia solarengo e deu para beber um café numa esplanada mesmo no centro junto à Igreja da Misericórdia. A cidade é bonita e vale a pena regressar pois existe sempre alguma coisa nova para conhecer.

Covilhã
Pelas nossas contas, ou não íamos encontrar neve ou ia estar um dia espetacular com neve, e foi mesmo o que aconteceu. Chegámos por volta das 13h00 e conseguimos aproveitar ao máximo. Comemos por lá, o que levámos preparado e rimo-nos muito, de tudo. Uma vez que o tempo estava a nosso favor, consegui apreciar a Serra da Estrela de uma forma diferente de todas a vezes que já tinha visitado ( nunca tinha encontrado tanta neve, muito menos debaixo daquele sol). 


Nós cheios de calor na neve
Torre - Serra da Estrela 
Pistas de Ski
  
   Conseguimos ver a Torre, as pistas de ski e uma parte da vista sobre o Parque da Serra da Estrela. Foi tão bom ver-vos felizes e sentir-me feliz, que só saímos de lá às 17h depois de um boneco de neve e muitos trambolhões com os trenós e o disco que ainda fomos comprar (ainda bem que há fotografias e vídeos de registo).
   No dia seguinte seguimos para o Piódão, que embora fosse um pouco deslocado da zona da Covilhã, e eu já conhecesse, tínhamos decidido passar por lá, para finalmente visitarmos um local onde eu já tivesse ido e tu não!
   Nesse dia choveu muito... sem parar! O Piódão é uma freguesia localizada no Concelho de Arganil e tem cerca de 180 habitantes. Tem uma igreja, e todas as casas têm as paredes em xisto. Há quem lhe chame a "Aldeia Presépio" pela iluminação e disposição das casas que apresenta à noite.

Vista para o Piódão
 
   Além da agricultura e da criação de gado, os habitantes do Piódão vivem também de algum comércio de rua por ser um local turístico muito atrativo. Verificámos isso mesmo pela quantidade de visitantes naquele dia, mesmo com o temporal que estava, portanto é um local de passagem obrigatória por aqueles lados.
   No domingo, dia 27, lembraste-te de ir à Castelo Branco. Tenho a certeza que em alguma altura da minha vida passei por lá, mas já não me lembrava. Da Covilhã até lá ainda são quase 60kms, mas como não tínhamos pressa e o objetivo era mesmo passear acabou por ser uma boa decisão.
   Não ficámos muito tempo em Castelo Branco, não encontrámos estacionamento com facilidade, mas acabámos por lanchar numa esplanada que nos pareceu ser o centro da cidade. Ficou, obviamente, muito por conhecer.
   Embora fizesse parte dos nossos planos iniciais ir à terra do meu pai, achámos, durante a nossa estadia, que não se enquadrava muito no roteiro que tínhamos traçado entretanto, mas uma vez que estávamos "numa de passear", decidimos tentar ( tu decidiste tentar). Esse teu jeito de decidir as coisas como se estivesses a ler os meus pensamentos é fantástico. Eu queria muito ir, queria mostrar-vos um sítio especial, de pessoas especiais para mim, e tu sabias disso.
   Perdemo-nos e fizemos as curvas e contracurvas possíveis e imaginárias, mas a tua paciência nunca acabou, é preciso alguma paciência para a minha impaciência, eu sei! Chegámos e fomos recebidos da melhor forma. Mostrei-te tudo (que não é muito), ouviste atentamente e perguntaste o que querias saber. Acho que percebeste o que significou para mim não teres desistido de ir comigo à Azinheira (Concelho de Oleiros, Distrito de Castelo Branco), pelo meu entusiasmo ou pela forma como falo nas coisas e nas pessoas de quem gosto.
   Trouxemos uma recordação com um significado diferente, além das memórias do que vivemos e do que sentimos.

Antiga casa dos meus avós - Azinheira, Oleiros

  
   No regresso fizemos quilómetros sem fim, pareciam não acabar, mas, apesar de cansativa, não deixou de ser uma viagem divertida!
  Com estas "mini-férias" quase a terminar, ainda subimos à Serra, em jeito de despedida. Ao contrário do cenário do dia 25, encontrámos muita neve, muito nevoeiro e muito frio. Não ficámos tanto tempo mas nem por isso desistimos.
   Fica muito mais por contar, mas isto já vai longo e tu sabes muito mais além do que escrevo!


Continuo por aí...  com mais amor e contigo!

Teresa Martins

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Gerês e Lobios

23.01.2016

   Em menos de um mês deixei-me levar por mais uns caminhos de Portugal.
   Recordo-me de ir ao Gerês duas ou três vezes e não me lembro de ter visto tantas coisas como desta vez, certamente porque a idade era outra, a vontade não era a mesma e tu ainda não existias!
  Adoro que me mostres os sítios que já percorreste e gosto ainda mais de ver em ti essa vontade de conhecer outros tantos sítios comigo. Sabes que não viajei mais porque não pude ou porque até agora o mundo não conspirou a meu favor, e por isso mesmo me fascinas todos os dias mais, por quereres e acreditares sempre que tudo é possível... comigo.

   Quando saímos estava um dia bonito, com muito sol e muito boa
disposição. Os planos não correram como se esperava, eu sei que a tua ideia de me surpreenderes com um Slide radical na Diverlanhoso era hilariante, mas teremos outras oportunidades. No entanto ainda aproveitámos para visitar o Castelo de Lanhoso situado no Monte do Pilar na Póvoa de Lanhoso, não conheço a sua história mas tem uma vista lindíssima.

 Muralhas do Castelo de Lanhoso

   Eu sabia que iríamos demorar cerca de uma hora (mais ou menos) a chegar ao Gerês, só não esperava que a própria viagem fosse tão boa para apreciar.
   Percebi que o Parque Nacional da Peneda - Gerês  tinha muito para descobrir, sempre achei, das poucas vezes que visitei, uma zona confusa talvez por ser muito grande, uma vez que abrange território de 22 freguesias, e é uma das maiores atrações naturais do nosso país.
   Felizmente tive um bom guia, sim, além de seres a melhor companhia és o melhor guia!

Parque nacional da Peneda - Gerês

   Almoçámos muito bem nesse dia, e por falar nisso, já engordei uns kilos à conta destas brincadeiras, por isso, além de parceiro de viagem (no sentido literal da palavra) vais ser parceiro de ginásio!
   Uma das vistas mais bonitas que podemos encontrar é no Miradouro da Pedra Bela, com uma vista impressionante sobre o Rio Caldo. É mesmo de ficar sem palavras!

Vista sobre o Rio Caldo
Miradouro da Pedra Bela´

   Como se não bastasse ainda me levaste a outro sítio tu não serias tu se não houvesse mais alguma coisa para fazer .
   Quando me apercebi, passámos a fronteira entre Portugal e a Galiza e estávamos em Lobios. Fiquei estupefacta quando vi uma Vila Termal mesmo ali. Não podia pedir mais, água quente ao ar livre, sol e tu, perfeito!
   É por estas e por tantas outras coisas que só podemos estar no bom caminho.

Vila Termal - Lobios, Galiza

O Gerês é sem dúvida um local a repetir, está aqui tão perto e tu estás cada vez mais perto de mim!



Continuo por aí ... com Amor e Contigo!

Teresa Martins

terça-feira, 10 de maio de 2016

Fátima, Nazaré e Aveiro!

02.01.2016 a 03.01.2016

   O início de tudo é quando quisermos. Podemos retomar a vontade, a força, a felicidade, o amor, as viagens ou o que quer que seja em qualquer altura. Nunca é tarde para recomeçar, começar, ou simplesmente continuar mudando, ou não, o rumo das histórias. Assim como nunca é demais aproveitar todos os minutos a caminhar para o que nos faz feliz.
   No início de tudo: "Vamos à Nazaré?" "Vamos!", assim de repente, sem planos só com vontade.
   Descobri que nos toleramos várias horas dentro do mesmo carro (porque poderia ter corrido mal) e que as horas foram minutos surpreendentemente agradáveis!
   Parámos em Fátima - há anos que não ia a Fátima -, e embora tenha sido uma paragem de 20 minutos, além de comprar o íman para a minha/nossa coleção, pude perceber que por quereres parar no Santuário de Fátima não significa que sejas uma pessoa muito devota (na verdade não seria um problema, se tivesse de ir à missa todos os domingos não me custava nada), mas és uma pessoa que em tão pouco tempo se sentiu à vontade para me pedir para parar em Fátima no nosso 3º date. Percebi então que a minha presença era tão natural, que não te impediu de fazer o que farias sem mim.
   O dia estava bonito, decorria a missa, como deve acontecer todos os dias, e vimos bastantes visitantes, muitos como nós de fugida, outros certamente com outros intuitos e outros objetivos.   
                
Santuário de Fátima
   Seguimos viagem. Foi num instante que chegámos à Nazaré e embora em época baixa andavam por lá algumas pessoas .
   Senti-me no Algarve, não pelas condições meteorológicas que o Inverno nos oferece, mas pelas ruas, em calçada, próximas do mar, muitas esplanadas, muitas pessoas a passear, uma praia grande e, inevitavelmente, porque me sentia de férias, ainda no rescaldo da passagem de ano, e ainda porque foste e és a melhor companhia.
   Não conhecia a cidade, mas sendo uma zona de praia, como poderia não gostar mesmo com chuva de vez em quando? Esteve tudo a meu favor, o timing do fim de semana, o sítio, o sol escondido e tu!
   Visitámos o famoso canhão da Nazaré na Praia do Norte. Um perigo, mas muito bonito, . O mar da praia do Norte na Nazaré apresenta ondas  maiores do que na restante da costa portuguesa e por esse motivo é o local ideal e bastante procurado para a prática do Surf. É por isso que surfistas como Garret McNamara escolhem esta, como praia de eleição no nosso país, para a prática deste desporto.
   Na mesma zona vimos o forte de São Miguel Arcanjo ou Forte do Morro da Nazaré, confesso que na altura não lhe dei especial atenção, só mais tarde, depois de ver as fotos que tirámos, é que fui pesquisar.

Forte de São Miguel Arcanjo, Nazaré.

   Além de toda a paisagem bonita e do comércio local, a Nazaré, sendo uma zona piscatória, oferece também uma variedade de peixe e de marisco de qualidade que felizmente tivemos a oportunidade de experimentar. Fiquei com vontade de voltar e tenho a certeza que o farei no verão, se não for este ano será noutro qualquer.

Praia da Nazaré


   No regresso ainda parámos em Aveiro (que sorte a minha, em dois dias visitei três sítios diferentes). Tal como em Fátima foi uma paragem curta que só deu para almoçar e tirar umas fotografias à Ponte dos Laços (com muita chuva). A Ponte é bastante colorida e chama a atenção. Foi uma ideia de dois jovens  da Universidade de Aveiro para dar mais cor a uma das muitas pontes da cidade. As pessoas podem deixar um laço com o simbolismo que lhe quiserem dar.
   Ah! Esta curta paragem em Aveiro ainda serviu para apanhar uma multa de estacionamento!

Ponte dos Laços, Ria de  Aveiro

   Pareceu-me um início bonito, e mesmo que não tivesse sido, já tinha valido a pena!



Espero continuar por aí... com Amor e Contigo!

Teresa Martins