24.03.2016 a 28.03.2016
Com as férias de Páscoa à porta, decidimos organizar uma viagem "em condições". Quando fomos à Serra da Estrela em Fevereiro, na tentativa de usufruir da neve, não correu tão bem como esperávamos. Porque não ir outra vez?
Ao fim de três meses com muitos jantares, muito trabalho, muitas gargalhadas, muita conversa, dois concertos ( The Black Mamba e Seu Jorge), um Carnaval, um aniversário (os meus 31), e felizmente muita partilha e compreensão, estava na altura de fazer a mala para mais de dois dias! Na verdade foi uma mala para cinco dias (embora parecesse para quinze). Não podia faltar nada. Desta vez além da comida e de todo o equipamento da neve, que incluiu tudo a que tínhamos direito, não fomos só nós os dois, fomos três!
Adoro a forma como planeias tudo para que não falte nada e tudo corra pelo melhor, e desta vez não foi exceção.
No outro dia de manhã, antes de subirmos à Serra, demos uma volta pela Covilhã. Estava um dia solarengo e deu para beber um café numa esplanada mesmo no centro junto à Igreja da Misericórdia. A cidade é bonita e vale a pena regressar pois existe sempre alguma coisa nova para conhecer.
Covilhã |
Pelas nossas contas, ou não íamos encontrar neve ou ia estar um dia espetacular com neve, e foi mesmo o que aconteceu. Chegámos por volta das 13h00 e conseguimos aproveitar ao máximo. Comemos por lá, o que levámos preparado e rimo-nos muito, de tudo. Uma vez que o tempo estava a nosso favor, consegui apreciar a Serra da Estrela de uma forma diferente de todas a vezes que já tinha visitado ( nunca tinha encontrado tanta neve, muito menos debaixo daquele sol).
Nós cheios de calor na neve |
Torre - Serra da Estrela |
Pistas de Ski |
Conseguimos ver a Torre, as pistas de ski e uma parte da vista sobre o Parque da Serra da Estrela. Foi tão bom ver-vos felizes e sentir-me feliz, que só saímos de lá às 17h depois de um boneco de neve e muitos trambolhões com os trenós e o disco que ainda fomos comprar (ainda bem que há fotografias e vídeos de registo).
No dia seguinte seguimos para o Piódão, que embora fosse um pouco deslocado da zona da Covilhã, e eu já conhecesse, tínhamos decidido passar por lá, para finalmente visitarmos um local onde eu já tivesse ido e tu não!
Nesse dia choveu muito... sem parar! O Piódão é uma freguesia localizada no Concelho de Arganil e tem cerca de 180 habitantes. Tem uma igreja, e todas as casas têm as paredes em xisto. Há quem lhe chame a "Aldeia Presépio" pela iluminação e disposição das casas que apresenta à noite.
Vista para o Piódão |
Além da agricultura e da criação de gado, os habitantes do Piódão vivem também de algum comércio de rua por ser um local turístico muito atrativo. Verificámos isso mesmo pela quantidade de visitantes naquele dia, mesmo com o temporal que estava, portanto é um local de passagem obrigatória por aqueles lados.
No domingo, dia 27, lembraste-te de ir à Castelo Branco. Tenho a certeza que em alguma altura da minha vida passei por lá, mas já não me lembrava. Da Covilhã até lá ainda são quase 60kms, mas como não tínhamos pressa e o objetivo era mesmo passear acabou por ser uma boa decisão.
Não ficámos muito tempo em Castelo Branco, não encontrámos estacionamento com facilidade, mas acabámos por lanchar numa esplanada que nos pareceu ser o centro da cidade. Ficou, obviamente, muito por conhecer.
Embora fizesse parte dos nossos planos iniciais ir à terra do meu pai, achámos, durante a nossa estadia, que não se enquadrava muito no roteiro que tínhamos traçado entretanto, mas uma vez que estávamos "numa de passear", decidimos tentar ( tu decidiste tentar). Esse teu jeito de decidir as coisas como se estivesses a ler os meus pensamentos é fantástico. Eu queria muito ir, queria mostrar-vos um sítio especial, de pessoas especiais para mim, e tu sabias disso.
Perdemo-nos e fizemos as curvas e contracurvas possíveis e imaginárias, mas a tua paciência nunca acabou, é preciso alguma paciência para a minha impaciência, eu sei! Chegámos e fomos recebidos da melhor forma. Mostrei-te tudo (que não é muito), ouviste atentamente e perguntaste o que querias saber. Acho que percebeste o que significou para mim não teres desistido de ir comigo à Azinheira (Concelho de Oleiros, Distrito de Castelo Branco), pelo meu entusiasmo ou pela forma como falo nas coisas e nas pessoas de quem gosto.
Trouxemos uma recordação com um significado diferente, além das memórias do que vivemos e do que sentimos.
Antiga casa dos meus avós - Azinheira, Oleiros |
No regresso fizemos quilómetros sem fim, pareciam não acabar, mas, apesar de cansativa, não deixou de ser uma viagem divertida!
Com estas "mini-férias" quase a terminar, ainda subimos à Serra, em jeito de despedida. Ao contrário do cenário do dia 25, encontrámos muita neve, muito nevoeiro e muito frio. Não ficámos tanto tempo mas nem por isso desistimos.
Fica muito mais por contar, mas isto já vai longo e tu sabes muito mais além do que escrevo!
Fica muito mais por contar, mas isto já vai longo e tu sabes muito mais além do que escrevo!
Continuo por aí... com mais amor e contigo!
Teresa Martins