sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Madrid

10.06.2016 a 13.06.2016

   Pela primeira vez fomos além do "vá para fora cá dentro" a que já estava habituada.
   Esta viagem a Madrid foi calmamente planeada... por ti...confesso. Não é que não goste de o fazer, mas além de teres mais paciência, tens também outra sensibilidade e conhecimento nestas andanças, e como eu vou para onde me levares, confiei mais uma vez sem arrependimento nenhum.
   O voo foi tranquilo e curto, chegamos a Madrid e apanhámos o metro (percebemos mais tarde que nos enganámos e pagámos mais do que era suposto).
   Saímos mesmo no Centro, mais concretamente na Puerta del Sol (estação Sol), que é um dos locais emblemáticos da cidade, reunindo de dia e de noite muitas pessoas locais e também turistas. Fiquei impressionada, lembraste? Aquele sítio estava cheio de vida, de movimento, de pessoas, de lojas, e eram 23h30.
   Sempre de mochila às costas, seguimos para o Hostel Tijcal II situado na Calle De La Cruz, a poucos minutos do Centro a pé (pagámos cerca de 80euros, três pessoas/uma noite). Depois de nos instalarmos e cheios de fome, procuramos um sítio próximo para comer. Achámos por bem parar no Majaderitos Café, na
Tapas - Majaderitos Café
seguida fomos descansar. O quarto não era mau, mas não dava para mais de dois dias, por ser muito pequeno e por estarem mais de 30 graus em Madrid.
   No dia seguinte, mais uma vez de mochila às costas, saímos cedo para conhecer a cidade. Passámos novamente pela Puerta del Sol e fomos em direção à Plaza Mayor.
   Esta praça tem 94 metros de largura e 129 de comprimento e é rodeada por edifícios e também por arcadas com algumas lojas onde se podem comprar diversas recordações. Felizmente és tão adepto de "recuerdos" como eu, por isso comprar uma coisa aqui e outra ali foi uma decisão fácil entre nós!

Plaza Mayor
   
    Mesmo ao lado encontrámos o Mercado de San Miguel que aviva o olhar e a boca de cada pessoa que passa uma vez que no seu interior existem à venda produtos bastante diversificados que tanto podem ser para degustar, para lanchar, almoçar ou apenas para ver, cheirar e usufruir do ambiente agradável, que apesar de toda a azafama, deixa qualquer turista encantado com a vasta escolha gastronómica tradicional de Madrid. O Mercado tem uma estrutura de ferro e é todo envidraçado.

Mercado de San Miguel
Mercado de San Miguel - Fachada Norte
Mercado de san Miguel - Interior
   
   Não foi uma tarefa fácil fazer a Inês andar e andar e andar, afinal ter 11 anos cansa e a minha paciência também, mas a tua não (felizmente). Estiveste sempre na linha da frente a motivar-nos. No fundo acho que nos motivas todos os dias, espero nunca me cansar de te agradecer por isso!
   Mais à frente chegámos à Catedral de La Almudena mesmo em frente ao Palácio Real e por isso todas as cerimónias religiosas relacionadas com a Família Real Espanhola são celebradas ali. A Catedral está aberta ao público, mesmo enquanto decorrem as missas, e existe um corredor separado para esse efeito, não sendo permitido filmar nem fotografar (ups!!!).

Interior da Catedral de La Almudena
 
    Seguimos para o Palácio Real. Aqui encontrámos muitos grupos com guias turísticos, uma vez que é paragem obrigatória em Madrid. Não visitámos o interior (ou o que está aberto ao público, depois de pagar claro), mas como somos turistas não nos faltaram registos fotográficos para comprovar que estivemos ali... pelo menos na parte de fora! De seguida e mesmo ao lado aproveitámos para descansar em frente aos Jardines de Sabatini.

Palácio Real
Palácio Real
O descanso dos turistas
 
   Mais à frente, na Calle de Ferraz, parámos junto ao Templo de Debod que se situa nos Jardines de Ferraz. Acho que foi um dos locais que mais me surpreendeu em Madrid, pela beleza e por ser um monumento de origem Egípcia, diferente do que se espera numa cidade europeia .
   Este Templo foi uma doação do Egipto a Espanha em 1968 e tem mais de 2200 anos, por isso ,quando foi transferido para Madrid pedra a pedra, teve um grande trabalho de reconstrução e restauração, melhorando sem dúvida a paisagem, para agrado de quem lá passa.~

Templo de Debod
Templo de Debod - Entrada
 
   Isto de andar sempre de mochila não é fácil, mas só podíamos entrar no apartamento que reservamos por volta das 15h30. Assim, continuámos o nosso caminho pela Gran Vía que é considerada uma das ruas principais da cidade por ter muito movimento e também muito comércio.~

Gran Vía
 
   Depois passámos pela Plaza de Santo Domingo onde aproveitámos para ir ao supermercado comprar o almoço (pão, queijo, sumo e fruta). Ir ao supermercado (de preferência o Lidl) saía sempre mais em conta uma vez que o custo de vida em Madrid é elevado demais para o nosso bolso. Ainda bem que tal como eu, tu comes "qualquer" coisa, isto é, não precisamos de comer sempre de garfo e faca, ou não é obrigatório ser comida quente à bom português, digamos assim! 
   Ainda parámos na Plaza de Isabel II e depois de uns longos metros chegámos à Calle Lavapies para finalmente deixarmos as mochilas no apartamento e descansar mais um bocadinho.
   Agora sim, um apartamento digno de férias. Ainda que servisse só para dormir e tomar banho, era bastante acolhedor e perfeito para nós os três, com todas a condições necessárias (pagámos 180 euros, duas noites).

Apartamento - Tirso de Molina
 
   Decidimos aproveitar a tarde para conhecer outra parte da cidade, embora no dia seguinte se avizinhasse mais uma grande caminhada. Como fomos poucos dias planeámos as coisas de forma a visitar o maior número de coisas possível sem ter de andar muito de transportes.
   Fomos então em direção à Estação de Atocha, que antigamente se chamava Estación Mediodía. Foi construída em ferro e vidro e foi o aqui que aconteceu o atentado em 11 de Março de 2004, onde infelizmente faleceram 191 pessoas e 2050 ficaram feridas. 

Estação de Atocha - Interior
Fachada da Estação de Atocha
 
   Seguimos pelo Paseo Del Prado ( considerado como uma das zonas mais importantes de Madrid) e parámos junto ao Museu do Prado, o mais importante de Espanha e um dos mais importantes do mundo. Não fomos visitá-lo, mas é nele que se podem apreciar coleções valiosas de escultura e pintura de diversas nacionalidades. Em frente ao Museu está a Estátua de Diego Vélazquez, um famoso pintor espanhol.

Museu do Prado
 
   Chegámos ao fim do Paseo Del Prado, e parámos mesmo na Plaza de La Cibeles, que divide os limites dos bairros Centro, Retiro e Salamanca e é um dos locais mais simbólicos da cidade de Madrid. É aqui que encontramos o Palácio de Cibeles (e uma grande fonte em frente com o mesmo nome), antigo Palácio das Comunicações e a atual sede da Câmara Municipal.

Palácio de Cibeles.
 
   Lembro-me particularmente de estarmos cheios de sede quando aqui chegámos. Comprámos uma garrafa de agua e um "Aquarius" de Limão.
   Ainda no mesmo local apanhámos o metro até Chueca que é um bairro relativamente pequeno na província de Toldedo, conhecido por ser direcionado para gays e lésbicas, e por isso é um local bastante moderno e cosmopolita.
   Regressámos novamente de metro para a paragem Tirso De Molina, a mais próxima do nosso apartamento.
   Jantámos na Cerveceria La Abuela, na Calle de Espoz y Mina e pagámos 40euros por uns calamares, batatas bravas, tortilha, 1 lt de sangria, 1 coca-cola e uma fatia de bolo da casa (nem sei se me está a falhar alguma coisa), mas este era sempre o preço médio por cada refeição que fazíamos em restaurantes de tapas.
    Depois do jantar fomos à Puerta Del Sol. Tal como tínhamos percebido na noite anterior quando chegámos, a grande praça estava cheia de luz, com muitas pessoas a passear e imensos espectáculos de rua, desde malabaristas, dançarinos, ilusionistas e por aí fora, além de cafés e lojas tradicionais!         De facto é uma zona de entretenimento muito agradável e por isso mesmo andámos por lá mais do que uma vez.
   Na manhã seguinte seguimos rumo aos Jardines del Buen Retiro, mais conhecidos como Parque Del Retiro, que é também um local turístico em Madrid e tem cerca 118 hectares. É uma zona muito bonita, onde se pode apreciar a natureza (tem muitos espaços verdes), para fazer desporto, ouvir música, ler, escrever, pintar, ver espetáculos de rua, ou apenas para passear e descansar. É lá que encontramos também diversas estátuas, fontes e monumentos, nomeadamente o Paseo de las Estatuas, a Fonte del Ángel Caído, o Palácio de Cristal e o Monumento a Afonso XII, este último com uma vista lindíssima sobre um lago onde podíamos andar de barco, se a fila não fosse enorme!         Não o fizemos, mas foi por ali que almoçámos, naquele cenário tão bonito debaixo  dos 30 e poucos graus que estavam, e ainda demos pão aos peixes!

Fonte Del Ángel Caído


Palácio de Cristal
Monumento a Afonso XII
Lago junto ao Monumento a Afonso XII
   Durante os diversos percursos, aprender algumas palavras em espanhol foi uma constante. Demos muitas gargalhadas pelo mesmo motivo e conseguimos aplicar uma ou outra expressão na nossa estadia em Madrid, mesmo que "gracias" ou "buenos dias" soasse em "portunhol!
   À saída do Parque, junto à Avenida de Menéndez Palayo, apanhámos o metro e saímos em Santiago Bernabéu, para ver o grande Estádio Santiago Bernabéu. De facto foi a única coisa que vimos... e apenas por fora, uma vez que não compensava gastar 21 euros por pessoa para ver o interior do Estádio, já que nenhum de nós fazia questão. Pensámos dar uma volta por ali, mas acabámos por perceber que aquela é uma zona de negócios, bastante moderna, com pouco para ver, para quem procura outro tipo de visita, como nós!
   Como regressámos novamente de metro, tivemos tempo  para descansar, tomar banho, etc.
  Jantámos na Taberna La Tia Cebolla na Calle De la Cruz. Já tínhamos tentado ir lá, mas sem sucesso, porque a fila de espera era sempre grande. Comemos bem e o preço foi mais ou menos o mesmo do que nos outros dias.

Tapas e paella - taberna La Tia Cebolla
 
   À meia noite, ficaste mais velhinho (a velha não sou só eu). Cantámos os parabéns, demos-te muitos beijinhos e uma prenda pequenina ( Nós as duas, já somos umas ricas prendas)! Não houve bolo, nem velas... espero que me perdoes por isso, mas era impossível fazer uma surpresa dessas uma vez que estavas connosco 24 horas por dia, e ainda bem que é assim.
   Infelizmente o que é bom acaba depressa. Deixámos o apartamento por volta das 11horas e fomos para a Puerta Del Sol apanhar o metro. Antes disso tivemos tempo de registar em fotografia o símbolo de Madrid, a famosa Ursa e o Medronheiro, inaugurada em 1967, feita de bronze, com 4 metros de altura e 20 toneladas, da autoria de António Navarro Santafé. 
   Segundo a história a Ursa representa a constelação da Ursa Menor (por isso é uma fêmea) e o Medronheiro representa a caça e a madeira, no entanto há diversas versões para o simbolismo desta estátua.
   Faltava ainda registar o Quilómetro Zero, que marca o início das Carreteras Nacinales Radiales, construídas por Filipe V no século XVIII. A Placa foi inaugurada em 1950, mas como fica desgastada, em 2009 foi renovada. 

Ursa e o Medronheiro - Puerta Del Sol
Quilómetro Zero - Puerta Del Sol
 
   Depois de apanharmos o metro saímos na Estação Las Ventas, mesmo em frente à Plaza de Toros de Las Ventas, que é a maior de Espanha. Embora não tenhamos entrado para ver o seu interior, pudemos ver a exposição (sem pagar) onde observámos, fotografias, vídeos e diversos fatos e utensílios de toureiros que fizeram história.

Plaza de Toros de Las Ventas
 
   Com o metro mesmo ali à porta e já em direção ao aeroporto, seguimos viagem e parámos na Estação Campo De Las Naciones para puder usufruir as últimas horas. Por isso, andámos até ao Parque Ruan Carlos I onde conseguimos, descansar as costas e as pernas, e ao mesmo tempo pudemos mentalizar-nos que estávamos de regresso a casa. Confesso que mesmo apoderada pelo cansaço (físico), fiquei com a certeza de que és sem dúvida o melhor parceiro de viagem. De todas a viagens!

PS- Adorei Madrid! Obrigada!


Por aí...em Madrid...com amor e contigo!

Teresa Martins

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Ponte de Lima

24.04.2016

   As viagens a dois (e a três) são muito boas e as viagens com amigos também, por isso aproveitamos as visitas que recebemos para conhecer e dar a conhecer alguns sítios por aí.
   Saímos cedo, já com tudo preparado no dia anterior, para irmos a Ponte de Lima passar o dia.
Ponte de Lima é o sítio ideal para fazer piqueniques. É uma vila situada no Distrito de Viana do Castelo, e por ser banhada pelo Rio Lima oferece uma paisagem muito bonita.

Rio Lima


  
   Além do maravilhoso piquenique com tudo a que tínhamos direito, ainda passeámos e tirámos umas fotos engraçadas. Gostei especialmente de perceber que recebes os meus amigos como se fossem os teus, que os acolhes sem entraves e que os fazes sentir bem, isso deixa-me cada vez mais feliz. Percebi ainda que tens muito carinho por crianças. Não foi uma grande surpresa!
  Passámos a Ponte de Ponte de Lima ou Ponte Velha, erguida no período da Invasão Romana e reconstruída na Idade Média, foi classificada como Monumento Nacional desde 1910.
   Esta Ponte tem 27 arcos, alguns Romanos e outros Medievais.

Ponte Velha - Ponte de Lima
 
   O tempo estava bom, com sol e ideal para dar um passeio, por isso fomos ao centro da Vila beber um café e comer um gelado. É de facto um local que recebe muitas visitas e é sem dúvida uma localidade bastante turística a avaliar pela quantidade de pessoas que por ali passavam.
   No regresso a casa ainda passámos pelo Santuário de Santa Luzia, situado em Viana do Castelo, no alto do Monte de Santa Luzia, começado a ser construído em 1904 e terminado em 1959.

Santuário de Santa Luzia - Viana do Castelo
  
   Vimos muitas pessoas, que tal como nós estavam de passagem, uma vez que é um dos cartões de visita daquela cidade, com uma vista panorâmica incomparável considerada a terceira melhor do Mundo, em 1927, pela National Geographic Magazine.
   Adorei o dia, pude desfrutar e reforçar a amizade longa que tenho com a Cristina e com o Nuno e pude partilhar contigo isso mesmo! Comprámos uma lembrança e ofereceram-nos outra, e cheguei ao fim do dia de coração cheio por saber que a felicidade mora mesmo ao lado.


É um privilégio andar por aí...com amor e contigo!

Teresa Martins