sábado, 22 de abril de 2017

7 Dicas para preparar 3 semanas na Tailândia com uma pré-adolescente

22 de Abril de 2017

  É a primeira vez que vamos fazer uma viagem longa com a Inês!
  Embora tenha 12 anos e seja aventureira, é mais complicado para ela adaptar-se e tolerar todas a divergências que se avizinham, do que para nós, quanto mais não seja, porque é tudo desconhecido. Por isso já fomos pensando em algumas coisas que poderão ajudá-la a preparar-se para uma das melhores experiências que vai ter (espero eu).
  Com a vantagem de já termos viajado para a Ásia (os dois) e embora agora o destino seja outro país, há alguns fatores importantes e fáceis de serem abordados.
  Lembrei-me de 7. Vamos lá!

1 - Dedicar algum tempo a conversar sobre a viagem

  Como o entusiasmo é geral, as conversas sobre o nosso próximo destino são constantes, principalmente às refeições ou à noite, que é quando passamos mais tempo em família.
  A Inês é bastante curiosa e isso facilita-nos a vida. Pergunta onde vamos, o que vamos ver, e pede para ver fotografias. Claro que a realidade é diferente do que se encontra pela internet, mas é uma mais valia poder ter um contacto prévio com o que a espera, ainda que virtualmente.

2 - Comprar o que faz falta e marcar "lembretes"

  Tentamos planear as viagens o melhor que sabemos, para evitar o que acaba quase sempre por acontecer: "Oh não, esqueci-me disto e daquilo!", e quando isso se verifica, fazemos tudo para contornar a situação. No entanto, como desta vez será diferente, fizemos uma "lista" de algumas coisas que não podem faltar e outras que precisamos de comprar:

   - Fazer passaporte
   - Marcar consulta médica
   - Comprar medicamentos (SOS)
   - Comprar uma mochila (mais pequena)
   - Levar protetor e repelente

Até lá ainda posso acrescentar alguns!

3 - Preparar para o Jet Lag e duração da viagem

  12 horas num avião? - Pergunta ela.
  Se a alguns adultos faz confusão, é legítimo que a uma pré-adolescente faça ainda mais, mas com a vantagem da curiosidade e excitação que ela demonstra e que é natural da idade.
  Falamos sobre as comidas diferentes que servem no avião, sobre termos jogos e filmes à disposição, e ainda cobertores e almofadas! Explicamos que temos escalas que nos permitem conhecer outros países e que além disso é importante circular no avião (andar a pé) e porquê! 
  A Inês acha engraçado irmos para um sítio onde a diferença horária é de 8 horas. Recordo-me de, quando fui a Bali, conversar com ela pelo messenger. Achou estranho mas engraçado, serem 21h em Portugal e 5horas da manhã na Indonésia.
  Andar tanto tempo e tantas vezes de avião pode ser divertido, mas tenho a certeza que não vamos conseguir evitar a pergunta "Quanto tempo falta?"!

4 - Decidir a estadia

  Os planos não são diferentes dos que fizemos quando fomos sozinhos.
  Como pretendemos conhecer o máximo que conseguirmos, planeámos entre 2 a 3 noites em cada sítio, tendo sempre em atenção a necessidade casa de banho privada e quartos com camas só para nós.
  O hostel é a melhor opção para o tipo de viagem que queremos, mas beliches e muitas camas num quarto com casa de banho partilhada, na Tailândia e com a Inês, não obrigada!

5 - Relembrar as experiências diárias

  Durante a estadia é fundamental conversarmos sobre as experiências que vamos tendo e como costumo fazer um "diário de bordo", desta vez a intenção é que a Inês participe nos registos fazendo com que recorde o melhor e o pior. Quem sabe um dia mais tarde não faça ela os seus registos pessoais, de viagem ou de qualquer outra coisa?
  Ao registar os acontecimentos e experiências significativas estamos a ajudar a fortalecer a memória e a fomentar o gosto por coisas novas e ricas em cultura.

6 - Ter tempo para refeições e pequenos lanches

  Nós desenrascamo-nos  com qualquer coisa, mas desta vez vamos ter cuidado redobrado. 
  Por isso, convém andarmos sempre com alguma coisa para petiscar que nos dê energia e combata as consequências do calor, além de ser a resposta imediata para o "tenho fome", como acontece aqui em casa muitas vezes.
  Embora os hábitos sejam diferentes, tal como a comida e a sua confeção, vamos tentar fazer as refeições que consideramos necessárias, incluindo a comida de rua e tudo a que temos direito!

7 - Dormir bem e beber muita água

  Pelos menos nos primeiros dias e com os sonos trocados, devemos tentar descansar, e dormir bem é o primeiro passo para que a energias sejam repostas do cansaço acumulado.
  A Inês por si só, já diz que está cansada com alguma facilidade, por isso será sem dúvida um desafio!
   As condições meteorológicas vão obrigar-nos a dormir menos, ainda assim é importante beber água (engarrafada) e mantê-la por perto tanto durante o dia como quando descansamos.



  A acrescentar a tudo isto, há o amor, a paciência e a boa disposição, imprescindíveis com ou sem pré-adolescentes.
  E estou certa de que será uma experiência única, ajudar a Inês a colorir o mapa!


Por aí com amor e contigo...e com uma pré-adolescente!

Teresa Martins

segunda-feira, 3 de abril de 2017

A melhor viagem aos olhos da mais pequena!

03 de Abril de 2017

   Pedi à Inês que escrevesse sobre a viagem que mais gostou de fazer!
   E assim descobri, que embora a adolescência seja a idade de paixões, anseios, constrangimentos pessoais e preconceitos sociais, a escrita consegue trazer à tona as melhores e mais simples lembranças e emoções, independentemente da idade de cada um!
   Por isso partilho este delicioso texto de memórias, sensações e partilhas, escrito hoje, que me enche de alegria e me dá força e alento para que nunca duvide do caminho a seguir...

  "As viagens do meu Verão

  No Verão do ano passado e alguns meses deste novo ano de 2017, eu fiz quatro viagens.
  A primeira à Serra da Estrela, a segunda foi a Madrid, a terceira foi uma "Road Trip" e a quarta foi a São João da Madeira. Mas a minha favorita foi a "raod trip", que significa viagem na estrada, onde eu, a minha mãe e o João fizemos toda a Costa Alentejana e parte do Algarve, numa carrinha...
  Para mim, essa viagem foi a mais divertida e fascinante viagem das quatro. Porquê? Porque nós visitámos mais de dez praias diferentes, seguindo pela costa de Portugal. Não só fomos a várias praias como também visitámos muitos sítios bonitos e todos diferentes uns dos outros!
  A maioria das praias tinham a água gelada, por isso a minha mãe nunca ía à água  brincar comigo e com o João.
  Mas houve uma praia onde a água estava para aí a uns 25 graus! Nenhum de nós queria sair. A água estava tão boa que pareciam termas!
  No meio de tantas praias não sei qual gostei mais, mas lembro-me de uma em que me diverti bastante...
  Nessa praia, eu e o João levamos as nossas pranchas. O João levava uma se Surf e eu uma de Bodyboard.
  O João sempre me dizia para experimentar fazer Bodyboard nas ondas mais fundas com ele, mas eu tinha medo de me magoar. Até que ele me convenceu e então lá fui! Entrei no mar e fui ao encontro de ondas gigantes. Deixei-me ir e adorei tanto que fiquei naquilo a tarde toda!
  Passamos por muitos mais sítios. Um deles foi a Ericeira onde parámos a carrinha na esquina de uma casa, montámos a nossa tenda e lá ficámos.
  Enquanto a minha mãe fazia o jantar, o João teve a ideia de um nome para aquele estabelecimento, até que surgiu a Barraca da Mãe Teresa. Gostei tanto do nome. A minha mãe teve um ataque de riso e não demorou muito para nós os três começarmos às gargalhadas.
  Foram realmente muito bons momentos, que acho que vão ficar na memória!
  Perto da Ericeira fica Mafra, onde fomos visitar uns tios meus e da minha mãe. A casa era enorme, tinha piscina, dois andares e um cão chamado Tofu.
  Gostei bastante de ir lá visitar os meus tios, eles mostraram-me a casa e deixaram-me tocar no Tofu . Também fizemos um lanche e ficámos lá  resto do dia.
  Continuando a nossa Road Trip, parámos numa praia onde me ri muito...
  Depois de um longo dia de praia, onde a minha mãe não tinha ido à água (outra vez), o João decidiu fazer uma brincadeirinha com ela! Pegou nela ao colo e atirou-a para dentro de água. Eu ri-me tanto que até chorei. A minha mãe não gostou muito, mas mesmo assim se riu. Foi a parte mais engraçada do dia!
  Também fomos a Sagres, onde encontrámos uma amiga da minha mãe. Fomos a um café da família dela e tomámos banho na casa de uns familiares dessa nossa amiga.
  No dia seguinte continuámos a viagem.
  Por mais que nós estivéssemos a gostar, já estava a acabar. Mas o que interessa é passarmos bons momentos todos juntos e que nos divirtamos ao longo de aventuras que possam vir a acontecer...
  Nesta viagem diverti-me muito e espero visitar muitos outros sítios maravilhosos e passar bons momentos com a minha pequena família
  O que importa é a diversão, o amor e o afeto que as pessoas têm umas pelas outras. Nunca podemos pensar negativo, porque pensar assim pode estragar a viagem, a aventura ou outra coisa qualquer, porque o que faz mais sentido, numa viagem em família, é a diversão e tudo o que vão passar juntos...
  
  E não se preocupem... já temos a próxima viagem marcada... <3 .

  Inês Martins Araújo "



  Por aí, com amor e contigo... cheia de orgulho!

  Teresa Martins

domingo, 19 de março de 2017

Saudade de viagens e viagens de saudade

19 de Março de 2017

  É sabido que gosto de viajar nas mais diversas formas possíveis, que anteriormente já referi.
  Já escrevi sobre viagens pequenas, grandes, as que não fiz, as melhores até agora, as que gostaria de ter feito e já não posso, as que vou fazendo, e até as viagens no tempo. Todas elas, de uma forma ou de outra, me deixaram saudade!
  A saudade é a lembrança de um momento passado, de uma pessoa ausente... e na verdade todos os sítios por onde passei (que até nem foram muitos) e todas as pessoas com quem me cruzei, deixaram saudade! Deixaram em mim a vontade de voltar, de viver e de sentir muitas das coisas que felizmente conheci e experimentei.
  Tenho saudades de viajar por aí, de conhecer sítios que desconheço ou regressar onde já estive e rever coisas e pessoas das quais também tenho saudades.
  No entanto, a saudade só é possível porque temos memória (e ainda bem). Dou por mim todos os dias a pensar e viajar na saudade, porque tenho todas as ferramentas para o fazer. O pensamento, as fotografias, os cheiros, as músicas e determinadas épocas do ano!
  Esta é uma delas. Uma época que embora eu a tente descomplicar (ano após ano), ela aparece para me relembrar que se repetirá sempre, enquanto eu viver, e que a tendência será, cada vez mais, viajar na saudade que aumenta.
  No Dia do Pai viajo na felicidade e na sorte de ter tido dois pais e viajo no azar e na tristeza de já não ter nenhum dos dois por perto.
  Portanto, embora com eles não tenha feito grandes viagens, além da viagem que é a vida, continuam dois pais que me levam por aí, em viagens de saudade!



  
 Por aí com amor e saudades!

Teresa Martins

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

À minha Irmã

23 de Fevereiro de 2017

    Quando era miúda viajei muitas vezes para os Açores. Tantas que já lhes perdi a conta!
   Fui em aviões militares, fui na TAP, fui acompanhada e fui sozinha (com uma hospedeira que tomava conta de mim).
   A minha irmã morou muitos anos nos Açores, pelo menos desde a altura em que me lembro das primeiras memórias de infância.
   A Ilha Terceira é lindíssima e felizmente tive a oportunidade de lá voltar em 2011, desta vez com a minha irmã como companhia.
   Lembro-me que chorava muito, quando a minha irmã voltava para lá depois de nos visitar. Ficava na sala a gritar  "por favor, não vás". Eram momentos tristes, muito tristes.
  Não deixa de ser estranho, termos tanta diferença de idade e tanta cumplicidade, demonstrada já naquele tempo, há muitos anos atrás.
   Há uns dias encontrei algumas cartas e postais de aniversário que a minha irmã me mandava. Começavam todos por "Olá Kikinhas"! Embora com pouca frequência, ainda hoje ela me chama Kikinhas as vezes suficientes para eu me recordar que existem, de facto, coisas intemporais :).
   À medida que cresço, compreendo cada vez melhor que, embora sejamos de gerações diferentes, somos fruto da mesma árvore com lições parecidas e sentimentos semelhantes!
    Sempre me disse as verdades, mesmo as que me custaram ouvir e aceitar e esta foi sem dúvida uma ferramenta importante para que me tornasse quem sou.
    A minha irmã foi minha mãe nos conselhos, cuidados, chamadas de atenção e compreensão, mas nunca deixou de ser minha irmã, com uma ligeira diferença nos "timings", que fez com que as coisas não se tenham tornado num relacionamento normal de irmãos com idade aproximadas, ou não tão distantes como as nossas! Não disputámos brinquedos, não tivemos ciúmes, mas tivemos e temos momentos de partilha, de troca de opiniões e muitas gargalhadas também!
    Costumamos rir-nos de situações que outrora não tiveram piada alguma e isso sabe-nos bem!
    A minha irmã é um exemplo de luta, de profissionalismo, de força, de persistência, de amizade e de dedicação! Tem alguns defeitos e reconhece-os! Acho que nesta altura vou conseguindo retribuir, aos poucos, tudo o que me foi ensinado, também por ela!
     A minha irmã não substituiu quem um dia me faltou. É a minha irmã, diferente de todos!
   É a minha confidente, e apesar de estarmos fisicamente separadas novamente por alguns quilómetros (felizmente não tantos como antigamente), o que nos une é maior e mantém-se cada vez mais firme e seguro!
     Nunca chamei a minha irmã pelo nome. Que engraçado! Nunca a tratei pelo nome dela... e acho que nunca o farei!
      Hoje mais do que nunca, quero que ela saiba que é especial e que nunca duvide que é merecedora de tudo o que bom lhe acontece!
     Poderia ter escolhido qualquer dia do ano para escrever isto, mas há dias em que as coisas fazem mais sentido...
      
      Parabéns Mana, por mais um ano percorrido!
      Soprar uma vela não é nada em comparação à bagagem que se carrega!
      Que todos os  teus dias sejam maravilhosos.



      Eu cá estarei...

...por aí com amor e contigo!

Teresa Martins

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A Casinha na Árvore em São João da Madeira

17,18 e 19 de Fevereiro de 2017

   Sempre fui adepta do "vá para fora cá dentro", e em tempo de poupanças e muito trabalho, não há nada melhor do que aproveitar os fins de semana para desanuviar e conhecer coisas e sítios novos!
   Embora estejamos a tentar juntar dinheiro para "outros voos", achei ótima a ideia de passarmos um fim de semana diferente e não muito longe daqui!
   Quem, em criança, nunca sonhou com uma casa na árvore? Lembro-me de, nos Açores, quando era pequena, brincar "às cabanas" com o meu sobrinho mais velho. Numa casinha de madeira, fingíamos que era a nossa casa e construíamos "coisas", não era uma casa numa árvore, mas era uma cabana e a diferença não é muita. Todos nós em alguma altura, brincámos às casinhas. Na rua, em casa, no campo ou onde a imaginação nos permitisse sonhar e termos uma casa só para nós!
   Com o tempo as coisas mudam. Crescemos, e conseguimos de facto, ter a nossa casa, só não tem tanta "piada" como tinha na infância porque acabamos por dar às tarefas domésticas o peso que não deveriam ter. Há dias e dias, nem sempre sinto que as tarefas de casa são uma obrigação, mas quando brincava às casinhas o encanto era outro.
   Ainda assim, a ideia de passar um fim de semana numa casa na árvore deixou-me entusiasmada!
   Seguimos para São João da Madeira, onde esperámos pela simpática D.Maria que nos deu algumas indicações acerca da casa e de toda a zona.
   A Casa na Árvore está construída num Carvalho com mais de 200 anos!
  Tem três divisões, a casa de banho, o quarto e a sala/cozinha. Está equipada com tudo, desde microondas, máquina de café, torradeira, frigorífico, louças, toalhas, lençóis e por aí fora!

Casa Na Árvore

Casa na Árvore
Casa na Árvore - Sala/Cozinha
Casa na Árvore - Janela do quarto

   Como chegámos do dia 17 às 20h30, pudemos ver que a casa tem iluminação à volta, fazendo com que se torne ainda mais bonita, mesmo de noite!
   O ambiente não podia ser melhor, uma casinha pequena, rústica, com imensa vida interior e muito acolhedora, perfeita para nós.
   Na manhã seguinte e apesar de estar a chover, ficámos surpreendidos com a realidade de estarmos num sítio diferente, com sons diferentes ainda que por pouco tempo. 
   Ouviam-se os passarinhos, as folhas a abanar, os perús, os galos, as galinhas, os patos, os coelhos e a porca!!!!
   Melhor do que uma casa na árvore, é uma casa na árvore e animais numa quinta. Aquele espaço é também uma quinta e uma horta e por isso podemos usufruir de tudo o que isto tem para nos oferecer, mas uma vez que o tempo não estava a ajudar, preferimos visitar São João da Madeira e deixar os animais para o dia seguinte já que estava previsto um lindo dia de sol.
    A cidade não é muito grande, por isso, depois de procurarmos alguns locais, decidimos almoçar no "Tudo aos Molhos", situado mesmo no centro, no Largo de Sto. António e aproveitar o sol que decidiu espreitar!

Capela de S.João - São João da Madeira

 De seguida, e tal como já tínhamos em mente, fomos visitar o Museu do Calçado, que fica na Rua António José de Oliveira Júnior. Pagámos apenas 2 euros, mas as crianças até aos 12 anos (inclusive) não pagam!

Mota distribuidora de Calçado (Luis Onofre)

Fases de confeção do sapato







:)

   Ainda no mesmo local, mas noutro edifício, demos um salto ao Museu da Chapelaria. O preço do bilhete é o mesmo, mas soubemos depois que se comprássemos o bilhete para os dois Museus ficava por 3 euros.

Máquinas de fabrico de chapéus

Laboratório para tingir tecidos




Mesa de Costuma



  Como precisávamos de fazer algumas compras, passámos pelo Shopping 8ª Avenida, onde acabámos por passar algum tempo antes de voltarmos para casa!
    Mais tarde, e já em casa, passámos momentos divertidos, sentidos, tivemos conversas sérias e rimo-nos muito, os três! Apercebo-me, nestas alturas, da sorte que tenho por ser tão feliz, e que tudo o resto vale a pena, para vivermos sentimentos como este que senti naquela altura!
    No Domingo estava sol, parecia um dia de Primavera ótimo para vermos mais de perto os nossos vizinhos animais!






   No regresso a casa parámos em Santa Maria da Feira e fomos visitar o Castelo da Feira, considerado um dos mais completos da arquitetura militar medieval de Portugal.

Capela de Nossa Senhora da Esperança - Castelo da feira





   De volta a casa. relembro as boas conversas de sábado à noite, onde percebi e ouvi que estamos no bom caminho e transmitimos o melhor de nós!
   Por isso e por tantas outras coisas, só me resta agradecer-te por continuares comigo e permitires que eu continue...

... por aí com amor e contigo!


   Teresa Martins

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Por aí , no mesmo sítio todos os dias!

3 de Fevereiro de 2017

   Fazendo um pequeno balanço depois de um início de ano pacífico, e uma ida a Lisboa, pergunto-me: o que tenho feito por aí?
   Bem na verdade, não tenho feito muito ou não tenho feito nada de diferente, melhor dizendo! E por isso tenho estado por aí, no mesmo sítio, todos os dias!
   Quando nos deparamos com a monotonia da rotina, nem sempre é fácil gerir a mesmice que se apodera dos nossos dias e dar a volta por cima tentando conseguir alguma novidade e evitando o famoso: "então o que é que tens feito? - mais do mesmo"!
   É certo que, tal como eu, a maioria trabalha, e isso por si só pode significar que o dia gira em torno do trabalho-filhos-compras-casa-trabalho. Acho que o importante de identificarmos o que fazemos por aí é precisamente dar valor à rotina e aos momentos que fazem parte dela.
   É preciso valorizar o que temos de bom, ainda que o bom seja monótono. A monotonia pode ser sinal de segurança. Só precisamos de não deixar que ela se transforme em acomodação.
   É preciso planear, ter vontade, passar por cima do stress, desvalorizar o que não tem importância, e encontrar sempre um motivo para agradecer a possibilidade que temos de fazer alguma coisa todos os dias! Sim alguma coisa! Se ontem e hoje fiz o mesmo, amanhã não o farei seguramente, porque é fim de semana :)
   Bem sei  que a teoria é sempre mais simples do que a prática! Não quero com isto tudo dizer que devemos viver em constante desassossego! Até porque, no meu caso, fugir à rotina pode por vezes ser a solução para sossegar, e para outros, fazer o mesmo todos os dias pode ser sinal de estabilidade e ausência de chatices!
   Não é bom saber que temos algum sítio onde existem pessoas à nossa espera? É ótimo!!! As pessoas que andam por aí comigo, são as mesmas que andam por aí, nos mesmos sítios de todos os dias também comigo! E isso é maravilhoso!
   É por isso que a minha rotina me levará (se tudo correr como se espera), a caminhos vais aventureiros!


   
Por aí com amor e contigo... todos os dias, nos mesmos sítios!

Teresa Martins
      

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Viagens familiares pela Capital - Lisboa é Linda!

14 de Janeiro de 2017

   De regresso a casa, nada melhor que uma rápida visita à nossa capital!
   Gosto sempre de voltar às minhas origens, aos cheiros e espaços da minha infância. As viagens de quase 400 quilómetros que me separam desta necessidade de voltar às raízes, continuam a ser boas , agradáveis e constantes, felizmente (embora não tão constantes como gostaria).
   Há sempre alguma coisa nova para conhecer ou ver em Lisboa, nem que seja por olharmos para as coisas de forma diferente sempre que regressamos a um local que já conhecemos, e também porque está sempre tudo a evoluir e consequentemente a mudar. Ou então são as minhas saudades exageradas!
   Devemos preservar e proporcionar com a nossa família, mais ou menos chegada, momentos agradáveis de forma a fazermos os outros felizes e a sentirmo-nos igualmente felizes. Quando isto se junta a um passeio pelas ruas Lisboetas, é o melhor 2 em 1 de um fim de semana.
   Depois de muito trânsito percorrido, estacionámos o carro na Estação Ferroviária de Lisboa - Santa Apolónia, e a partir dali andámos até anoitecer.
    Tivemos uma guia excelente, que nos fez uma "mini tour" gratuitamente. Inevitavelmente a minha irmã conhece muito melhor a cidade do que eu!
   Embora nesta altura esta zona da cidade esteja em obras, considero que Lisboa continua com um encanto especial.
   Gosto do movimento, das lojas típicas com enlatados e guitarras, dos azulejos portugueses, da calçada, da música de rua, do Terreiro do Paço, do elevador de Santa Justa, dos vendedores de castanhas, da inclinação do bairro alto, do teatro Nacional D. Maria II, da estátua do Fernando Pessoa, do Santo António colorido nas montras, do elétrico... enfim!!!
   "Lisboa é a melhor cidade do Mundo", ouve-se e lê-se por todo o lado. A revista de design Wallpaper escolheu a nossa capital como tendo o "melhor design de uma cidade". Sou Lisboeta com muito orgulho, mas não considero que o MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia) seja o novo ícone da cidade, talvez tenho um bom design não sei... preciso de umas aulas sobre isso antes de opinar!
     Ícones são as marchas populares e a sardinha assada, os pasteis de bacalhau com queijo da Serra (que são maravilhosos!), os fadistas e o Museu do Fado... serei antiquada ou estarei só fora de moda?

    Lisboa é Linda!!!

Elétrico - Lisboa

Elevador de Santa Justa - Lisboa

Elevador de Santa Justa - Lisboa

Arco da Rua Augusta - Lisboa

Praça de D. Pedro IV - Lisboa

Por aí com amor e contigo!

Teresa Martins
   
 

Tudo o que as palavras não conseguiram descrever. O nosso Video sobre Bali !

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Dias 8 e 9 - Uluwatu


8 e 9 de Dezembro de 2016

   Saímos da Gili Trawangan na manhã seguinte com destino a Padang Bai, onde apanhámos o táxi para Jimbaran (uma vez que já tinhamos pago o transporte até este destino).
   Tivemos tempo para almoçar e encontrar outro táxi que nos levasse a Uluwatu, onde ficámos os últimos dois dias desta maravilhosa viagem!
    Uluwatu é bastante conhecido por ser um dos quatro destinos mundiais mais procurados para a prática do Surf, e nós pudemos comprovar isso mesmo uma vez que por ali tudo é alusivo a este desporto. Percebemos perfeitamente que é um negócio muito rentável.
    Tínhamos reservado as últimas noites no "The Inn Possible".
    Localizado mesmo em "cima" da praia, é o lugar perfeito para relaxar e apreciar a vista incrível que o mar nos oferece. Aconselho vivamente que façam uma pesquisa para o comprovar.
    Para lá chegar é que é pior! O hotel só tem acesso a pé, por isso o táxi deixou-nos  onde terminava a estrada e aí começou uma não muito longa, mas dolorosa descida de escadas de mochila às costas!
    No entanto apesar do cansaço não pudemos deixar de ficar impressionados com a beleza dos  sítios por onde passámos...

A caminho do "The Inn Possible" - Uluwatu

Uluwatu

   Não foi difícil encontrar o destino e valeu bem a pena!
   Depois de pousarmos as mochilas, fomos dar uma volta pela praia, que não é grande, mas é bonita. Com a água quente e transparente... acabámos por dar uns mergulhos e tirar umas fotografias! O ambiente estava tão convidativo que foi impossível não ficar na praia para jantar! Todos os locais para comer junto à praia apenas vendiam peixe que era apresentado ainda cru para os clientes escolherem e o preço a pagar dependia do peso! Lembro-me de pedir para grelharem uma lula (era bem grande) e me dizeres que era pouco - "pede uns camarões" - disseste tu! Enquanto o senhor punha o camarão na balança, não tive coragem de dizer que eram muitos e ele abusou na dose! Tenho registada a tua expressão quando trouxeram tudo para a mesa :). A verdade é que a única coisa que sobrou foram os legumes!

Vista do Hotel para a praia (Bingin Beach)

Vista da Bingin Beach para o Hotel
Jantar na praia à luz das velas  (camarão, lulas, arroz legumes e Bintang :) )

   Nessa noite ficámos no bar do hotel onde acabaste por adormecer umas três horas! Nesse entretanto estive à conversa com uma francesa e uma espanhola que também estavam ali hospedadas.
   De manhã fomos aproveitar o sol e planear o que iríamos fazer à tarde! Os acessos àquela zona não são fáceis, portanto decidimos que depois do almoço voltaríamos a subir todas aquelas escadas e explorar outras zonas de Uluwatu.

Bingin Beach
Mie Goreng

Bingin Beach

    Assim foi, alugámos uma motinha e seguimos!
    A dono do hotel indicou-nos o caminho para chegarmos ao Uluwatu Temple e embora o nosso receio fosse muito, decidimos confiar e confirmámos que de facto não havia muito para enganar.
   O trânsito não estava mau, mas circular pela esquerda foi uma aventura, e levamos algumas buzinadelas, como seria de esperar.

:)
   Pagámos 60.000 rpi pelo aluguer da mota. É sem dúvida o transporte melhor e mais barato para circular em Bali, é obrigatório andar de capacete, mas nem sempre o cumprem. Até vimos menores a conduzir e soubemos que a carta é tirada num dia (código de manhã e condução à tarde), cheios de facilidades os balineses ham?
   Continuava muito calor! Quando chegámos ao Uluwatu Temple (demorámos mais ou menos 15 minutos a chegar), deparamo-nos com muitos autocarros e muitas excursões.
    Mais uma vez tiveram de nos emprestar o sarong para entrarmos no recinto do templo!
   Pagámos a entrada, mas como em Bali somos milionários, segundo um taxista que conhecemos, as entradas nos templos são baratinhas!

Os dois de sarong com cores da moda

   É uma zona muito bonita, mas isso já não nos espantava. Encontrámos por lá uns orientais que quiseram tirar umas fotos connosco, serviu, além de nos rirmos, para nos subir o ego! :)
   Este Templo está construído num penhasco de 70 metros virado para o mar e por isso proporciona a todos os visitantes uma vista lindíssima!
   Toda a zona envolvente tem diversos pontos de meditação e templos mais pequenos de adoração aos deuses!

Uluwatu Temple
   
Uluwatu Temple

Uluwatu Temple
   Por termos ido de mota, e não de táxi, tivemos a oportunidade de parar noutros sítios turísticos em Uluwatu, e na verdade é tudo perto!
   Passámos por mais duas praias e pelo famoso Blue Point tão frequentado por surfistas de alto gabarito.
   Os acessos às praias (tal como a do nosso hotel) são através de escadas íngremes e longas! Tivessem elas servido para perder um ou dois kilos... mas não! Valeu a pena pela paisagem sem igual e pela melhor companhia do mundo!

Blue Point - Uluwatu
Blue Point - Uluwatu
Uluwatu Beach
  

   De regresso ao hotel, tivemos de encher o depósito para entregar a mota! O gasóleo é vendido à beira da estrada numas garrafas individuais! Sem ter a certeza se estávamos a comprar o produto certo, o senhor balines (que não falava inglês), vendeu-nos uma garrafa e pronunciou algumas palavras que não entendemos... limitámo-nos a dizer "Thank you!".
   A última noite em Bali foi nostálgica. A sensação de "está a acabar" não foi nada agradável, no entanto, senti que faria uma viagem destas vezes sem conta.
  É bom quebrar a rotina, mas também precisamos dela, e o regresso nunca pode ser mau! 
  Gosto da minha rotina contigo... em Bali ou noutro sítio qualquer!!


  Por aí com amor...e contigo!

  Teresa Martins