terça-feira, 8 de novembro de 2016

Viagens no tempo

 08 de Novembro de 2016

   Aposto que toda a gente já viajou no tempo! A memória e o pensamento são as melhores ferramentas (gratuitas) que nos tornam capazes de retroceder ou avançar no tempo!
   É certo que pensar no que passou não possibilita mudanças no que já vivemos, e imaginar o futuro não o torna necessariamente realidade, mas viajamos! Ah se viajamos!
   Todos temos várias histórias que recordamos e objetivos que partilhamos, por isso, todos fazem uma viagem (ainda que seja mentalmente) sobre o tempo que virá ou sobre o que já lá vai.
   Para mim o mês de Novembro é sem dúvida nostálgico, mais do que pensar no que quero que aconteça, penso com alguma regularidade sobre o tempo que já tive, e tudo o que aconteceu.
    Talvez pelo início do cheiro a Natal, que é sempre, para mim, uma época de entusiasmo. Adoro as preparações natalícias e tudo o que isso envolve. A música, as decorações e a azáfama!
   Costumo viajar em tudo o que me lembro do meu Natal de antigamente. Por esta altura já andava "em pulgas" para montar a árvore de Natal, que foi a mesma durante anos, e cá entre nós, era bem bonita. Costumava enfeitá-la com tudo o que era possível. Antes ligávamos menos à estética, por isso, a árvore tinha bolas de diversas cores e tamanhos, entre estrelas, enfeites de chocolate, enfeites de papel ou barro que fazia no infantário, luzes coloridas e fitas daquelas bem pirosas e brilhantes. Resumindo, todo o tipo de adornos natalícios numa só árvore :) . As fitas que sobravam eu costumava pô-las por cima dos armários!

 Fotografia de 2015 ( a minha irmã continua a fazer a mesma árvore de Natal, com os mesmos enfeites)
   O presépio foi outra tradição que se foi perdendo... mas nós tínhamos o nosso, pequenino, que foi ficando velhinho. Lembro-me de ir algumas vezes apanhar musgo com o meu pai. O presépio não podia faltar, era como se fizesse parte (e faz) da decoração desta época. O nosso foi remendado várias vezes, e felizmente tem sobrevivido.

O nosso Presépio antigo - fotografia de 2015
  As tendências, as modas e as atualizações estão sempre em constante mudança, por isso, e não sendo diferente de toda a gente, também eu fui mudando os hábitos natalícios, nunca esquecendo todas as limitações e ideias diferentes que tinha noutros tempos.
  Em anos anteriores, mudei a decoração, mudei a cor da árvore e até mudei de presépio. Este ano, mais uma vez será um Natal diferente, porque não começar pelo óbvio?
   Eliminei a ideia da típica árvore, dos enfeites repetitivos e estereotipados, voltei a pensar na ideia de apanhar musgo para o presépio e aceitei novas ideias de braços abertos que deram resultados fantásticos ( que só mostrarei noutro dia).
   Há pessoas que aparecem na nossa vida para refrescar o que parecia abafado e valorizar o que estava escondido. Sou uma sortuda!
     Como ainda é cedo para desvendar a nossa nova decoração de Natal, fica apenas o conselho de que não nos devemos agarrar ao que passou, nem sonhar em demasia com o que pode vir, mas viajar no tempo faz relembrar coisas maravilhosas e inigualáveis, como esta, que me fez lembrar que não passava um Natal sem oferecer uma garrafa de whisky ao meu pai e embora já não o possa fazer, recorro à memória para divagar por aí, naquilo que me faz feliz em pensamento!


  Por aí em pensamento, com amor... e contigo!

Teresa Martins


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